quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O ovo e a galinha



Dona Maricotinha foi colher os ovos que suas treze galinhas botaram pela manhã. Maricotinha olhou pra sua galinha branca que cacarejava feliz da vida e pensou naquele que é um dos maiores mistérios da natureza. Quem veio primeiro: o ovo ou a galinha? Um mistério que por muito tempo ficou sem solução. Se foi a galinha: da onde que ela surgiu? Se foi o ovo: quem o botou?Dona Maricotinha pensava nesse grande mistério sem imaginar que os cientistas concluíram que foi o ovo. Mas ela não sabia. Não tinha o hábito de ler. Não tinha acesso ao google. E mesmo se tivesse livros e acesso a internet, não saberia como usar. Ainda se assombrava com o mistério.Então, por estar perdida em devaneios, Dona Maricotinha não percebeu uma cobra cascavel que estava entocado no galinheiro. A serpente se sentiu ameaçada e, como toda serpente, traiçoeiramente deu o bote e picou Dona Maricotinha. A pobre mulher morreu. Pior, morreu sem saber quem havia surgido primeiro: o ovo ou a galinha? Mas seu último pensamento foi: as cobras também nascem de ovos.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Máscaras
















Para início de conversa...


Todos usamos máscaras.
Por hábito, por necessidade, por capricho. Não somos nós todo tempo. Pensamos antes de falar. Olhamos pros lados. Temos medo da opinião dos outros. Para isso... Máscaras.

Não isso não é errado... É apenas o preço de vivermos em sociedade. Não podemos falar tudo o que pensamos, não podemos fazer o que queremos na hora em que queremos. Isso é fato. Nossa maldita liberdade termina quando começa a maldita liberdade do outro.

O problema é que certas máscaras são tão poderosas que penetram na nossa pele, se infiltram na nossa corrente sanguínea, conduzem nossas ações e nosso modo de agir. Assim, esquecemos do formato de nosso próprio rosto, esquecemos quem somos, o que queremos. Perdemos a essência que nos faz únicos para atender as expectativas dos outros. Perdemos a nós mesmo por uma máscara.

Eu me perdi. Não com uma. Mas com várias máscaras. A máscara de bom moço, a máscara de responsável, a máscara de tímido, a máscara de atrevido, a máscara de CDF, a máscara de destrambelhado... Mas cadê eu? Onde estava o meu rosto? Quem eu era? O que eu queria?

Eu me perdi... E continuo perdido. Mas vou me encontrar... Para isso vou revelar quem eu sou através do que escrevo, do que sinto, do que penso. Tenho a intenção de confessar, de quebrar minhas máscaras e deixar meu rosto nu. Ao vento da vida. Animus Confitendi...